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Ensaio IV

Ela pisou na garrafa com raiva, era a trigésima vez que ele falava de promessas. Os cacos gritavam de dor, mas era um vício indestrutível. Promessas fugiam-lhe dos lábios como serpentes. Estava bêbado e tinha sede. Ele gemia com os cacos fustigados. Os ossos também se quebravam um a um debaixo dos seus pés. Tinha ferido os pés nos vidros agonizantes. Mas a raiva adormecia a dor. Havia outra que reinava e era majestosa. Ela pisava-lhe o peito agora. Sufocava. Os membros agitavam-se de tanta sede que sentiam. Danças convulsas em torno dos músculos sombrios. E os vidros do seu sangue amorteciam a queda.
Ela pisava nos vidros da vida que perdera. Ele morria sob os seus pés, implorando pela morte que o vencera.

deste gostei muito. dorido como sempre. mas este é especialmente tenso. não sei não sei, mas ainda te hei de ver a escrever "ensaios" destes, eróticos.

LOOOOOOOOL
Tu não existes, caro amigo!!! ;o)
(e será que gostaste porque, afinal de contas, fala de "garrafas"...) looooool

e a menina nastenka também gosta de ofender as pessoas. ai ai ai, agora eu só gosto das coisas porque falam em bebida. ai ai ai. (lol).(e não estava a brincar - este texto tem uma tensão muito sexual).

Meu querido, Rui, não pretendia ofender-te, estava a brincar ingenuamente, até porque tal observação é, de todo, disparatada... Perdoa a Nastenkinha pela sua falta de sensibilidade, xim?... (às vezes brincamos e não percebemos que ferimos quem gostamos...)
Beijinho e um abraço amigo :o)

mas não me ofendeste. estava a brincar contigo. e nesse caso, a falta de sensibilidade é minha, porque eu é que vi um tipo de tendência num texto que não tem nada que ver.

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