Ensaio III
Feridas as sementes, resta a distância, um eco de vida longínquo bebendo do cálice funesto do tempo. Do tempo restam-me mosaicos. Percorro-os com os dedos e é o teu corpo que emana do sangue. Renascem então os dias, o suor dos corpos dilatados. O prazer ao fim de tudo é o segredo que guardamos. Destilo silêncios. Acorrento a vida às incertezas que emergem dos limites que imponho e morro a mil passos daqui, num outro peito que repousa ao pé de um rio.
Há palavras que não digo mais, que não disse nunca e que morrem aqui e com as saudades de uma cumplicidade infinita que escondo do universo cósmico, das estrelas, dos cometas, dos astros e de mim mesma, com o pânico do erro e o terror místico da luz que me foge e do fosso que escavo a sangue para dentro de mim mesma, na solidão mais absurda e porém inevitavelmente trágica do momento.
Fujo de ti, foges de mim porque o amor existe e é um erro. O erro que sobra de um sonho de há tantos anos, de memórias onde pulsam lágrimas e risos, glaciares e chamas, no recesso imoderado dos segredos.
Há palavras que não digo mais, que não disse nunca e que morrem aqui e com as saudades de uma cumplicidade infinita que escondo do universo cósmico, das estrelas, dos cometas, dos astros e de mim mesma, com o pânico do erro e o terror místico da luz que me foge e do fosso que escavo a sangue para dentro de mim mesma, na solidão mais absurda e porém inevitavelmente trágica do momento.
Fujo de ti, foges de mim porque o amor existe e é um erro. O erro que sobra de um sonho de há tantos anos, de memórias onde pulsam lágrimas e risos, glaciares e chamas, no recesso imoderado dos segredos.