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Confissões do Fingimento

Fiz que sorria. Fi-lo sempre, ainda quando o júbilo ruía e a tristeza e a raiva que se finge consentiam em mostrar a dor que existe.
Fiz que vivia. Fi-lo sempre na demência metódica da rotina. Sempre com medo da fumaça do futuro. Sempre no limbo da semente da esfinge do amor e do desterro.

"Bem sabeis que a humanidade pode sobreviver sem ciência,
sem pão, mas sem o Belo não pode"
Dostoievski (1821-1881)

Caro Guerreiro da Luz, penso que não terá, ingenuamente, usado uma citação do meu escritor preferido, já se deve ter dado conta pela própria designação do blog, e agradeço-lhe por me ter reservado as palavras de Dostoievski num comentário!

Achei bem usar também uma frase de Dostoievski a propósito do meu texto:
«...um sonhador é sempre um tipo difícil de pessoa porque ele é enormemente imprevisível: umas vezes muito alegre, às vezes muito triste, às vezes rude, noutras muito compreensivo e enternecedor, num momento um egoísta e noutro capaz dos mais honoráveis sentimentos... não é uma vida assim uma tragédia?...»
(Dostoievski)

e é neste momento que eu entro de rompante para denúnciar o dostoiéskvy: que de certeza estava a espreitar aqui à minha janela quando escreveu essa frase.

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