Carta de suícido (parte 1)
Quis morder a tua mão esquerda, mas o céu não deixou que o meu corpo caísse como chuva e incendiasse o pavimento. tudo o que vejo são os teus seios. O chão é os teus seios. Os meus olhos são os teus seios a ver o chão que é os teus seios.
Os meus amigos são pedaços de carne estufada que tento trincar mas são duros demais.
Há quem me alimente de lágrimas e as represálias do frigorifico são iogurtes bifidus activo. Quem sabe o mundo tal e qual como ele é? Sabes tu as palavras dentro da panela? E os teus seios, sempre os teus seios - por sobre a minha cabeça, um deus que é os teus seios. E livros que são todos vazios, e eu sei-os só os teus seios.
O vento agita os ramors das árvores e eu penso na vida após uma valente bebedeira. E morro quando os pedaços de carne estufada falam comigo. São tão sóbrios e felizes e ignorantes e crueis. O que eu queria era viver num sítio qualquer (...)
Os meus amigos são pedaços de carne estufada que tento trincar mas são duros demais.
Há quem me alimente de lágrimas e as represálias do frigorifico são iogurtes bifidus activo. Quem sabe o mundo tal e qual como ele é? Sabes tu as palavras dentro da panela? E os teus seios, sempre os teus seios - por sobre a minha cabeça, um deus que é os teus seios. E livros que são todos vazios, e eu sei-os só os teus seios.
O vento agita os ramors das árvores e eu penso na vida após uma valente bebedeira. E morro quando os pedaços de carne estufada falam comigo. São tão sóbrios e felizes e ignorantes e crueis. O que eu queria era viver num sítio qualquer (...)