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Medo... Como explicar-te?...

Mas que solidão esta...
Tenebrosos os ruídos deste quarto...
A negrura dos sentidos enaltece o pânico onde me arrisco... Medo? Como explicar-te?... Ameaço-te com uma imagem distorcida, tal é este fundo negro onde me esqueço de ser amada, ameaço-te com excessos que sei que te afastarão... Mas não concebo a ilusão, e o caso é que não vislumbro nos meus olhos nada que te possa fazer sonhar... Ou antes, vejo-me imensa e terna, obcessiva e intemporal guiando-te os passos pelo meu mundo... Tu podias pertencer-lhe e não sabes que o desejo... Mas este mundo afasta-me e o teu mundo atrai-te num sentido onde sei que, ainda que me esforce, jamais habitarei... E não pretendo embaraçar-te... Jamais o faria... Encantas-te com a simplicidade, mas alegas e insistes numa mudança repentina, então diz-me, o que te seduz em mim? Pretendes moldar-me num esboço desse mundo que alcanças a cada passo?
Medo, sim, muito... E tu só desejas proteger-me... Mas a intensidade da tua voz é convincente e entranha-se mais cedo do que previra... Mas ninguém prevê a vida... Ainda assim, assusto-me e remeto-me à distância e congelo o futuro, sonhando que um dia, quem sabe, ainda nos reste quebrar o muro...

um texto muito sensivel, bonito e muito verdadeiro-parabens
amcosta

um texto muito bonito, sensivel e verdadeiro-parabéns.
amcosta

Outra vez por cá, Ana?
Obrigada... Já sabe que é sempre bem vinda...

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