« Home | A dor vivida em silêncio » | Um lago de chamas » | Amor (XX... já perdi a conta...) » | Diário de um "antropólogo em marte" (I) » | Para quando regressasses... » | Deixar-te ir... » | Viver dentro de mim » | Noites Brancas » | Amor (XXVIII) » | Da Paixão e do Amor »

Retrato

«Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
Em que espelho ficou perdida a minha face?»

(Cecília Meireles)