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Diário de um "antropólogo em marte" (I)

A solidão é já um espaço conquistado... Encerro em mim tantos segredos... Ninguém repara que morri...
Todos tão atentos, insuportavelmente próximos e no entanto, estou morta e nem o cheiro pestilento os alerta para a morte...
Pergunto-me se poderei contagiar quem me rodeia, se atrairei a tristeza àqueles que amo...
Não o suporto...
Se fosse possível aniquilar esta existência, aniquilar o meu passado, a gravidez da minha mãe, o meu nascimento, a minha concepção, se tudo pudesse voltar atrás e se reiniciasse um novo mundo sem a minha presença, sem que os meus olhos presenciassem tudo que viveram... Poderia nascer outra criatura no meu lugar?
Uma que ocupasse um lugar mais concreto e encaixasse melhor nos esquemas montados... Uma que não tivesse nascido com uma ferida no lugar do coração e que amasse menos e suportasse mais a sua dor e a dos outros...
Precisava que tivesse nascido um ser assim em meu lugar, alguém com mais defesas, com mais coragem para enfrentar o mundo, alguém que não perdoasse sempre tudo, alguém que não escutasse atentamente todos os corações e parecesse carregar em si a capacidade de ler dentro dos outros, os seus medos, os seus sonhos, as suas mágoas e os tormentos...
Alguém a quem o amor não faltasse... Alguém com um lugar comum entre os demais...

Já tinha lido, mas não tinha entrado no texto. Li de novo. Subscrevo quase tudo. E tenho vontade de chorar.

Cara Maria, não sou, não... Mas sabe, também não ligo nada a astrologia, sabe...
Obrigada por ter vindo até ao Noites Brancas, foi a primeira vez que a "vi" por cá!!! Bem-vinda!!!
Um abraço

Não cheguei a responder-te, Ruizinho... Desculpa, mas já te tinha dito numa ocasião que não pretendia "entristecer" ninguém com este texto e se o fiz, de alguma forma até me arrependo de o ter publicado...
Eu só gosto é de ver sorrisos espelhados nos rostinhos... Lágrimas nunca, não posso ver chorar...
Um abraço

Eu sei Nastenka, mas no momento deu-me uma enorme vontade de chorar, que controlei. Não te arrependas. É muito bonito. O Jeff Buckley dizia que "sad songs are love songs". e eu não posso estar sempre a sorrir.
Beijo

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