« Home | A tua presença sempre ausente » | Para um Dom Quixote que eclodiu das nuvens do meu ... » | Depois da tempestade vem a bonança... Ou quase... » | Escrevi-te estas palavras(anónimas)no teu blog... ... » | Martirizar-me por coisas que já passaram é uma ati... » | ... » | Há Noites » | Isto » | Pretextos para fugir do real » | Mais um pouco de mim no teu mundo »

Não posso amar-te...

Novamente na sombra...
Pergunto-me onde estarás?...
Mas como saber onde estás se eu mesma não sei onde estou?
Da minha mente espremida só restam pontos de interrogação e nenhuma saída...
Tu sabes que eu era capaz de virar as costas ao meu mundo para abraçar o teu contra um exército de calúnias, não sabes?... Mas sabes também que sou demasiado prudente para me resguardar de tamanho enterro, não pretendo que o mundo nos engula... É uma forma de te amar, sabes?... Não poder amar-te é uma forma de te amar, talvez ainda mais sóbria e intensa... Não te poder amar é a melhor forma de lutar pelo teu bem, lutar para que sejas feliz sem a dor de todas as angústias que teríamos que passar...
Não te posso amar, embora te traga presente a cada instante de vida que desfio, sonhando tantas vezes que te posso ter comigo... Como dizer que te amo, quando sei que pensas que tudo são delírios e palavras vãs que desafio?... Como abrir-te a alma e guiar-te por entre os meus tesouros, onde tudo são lágrimas e distâncias, em que não te vejo nem visito?...
- Eu sei que um dia tu vais partir...
Tu sabes disso desde o início e tens razão, por mais que me custe aceitá-lo, tens razão... Um dia a tua Papoilinha terá de partir, rasgada pela saudade, despedaçada por saber que deixa em ti o seu coração aflito, de tanto resistir ao amor e à dor de não te poder amar... A tua Papoilinha partirá um dia, guardando-te na esperança de ainda te encontrar, quando a tranquilidade nos deixar aproximar para vivermos de forma que o mundo não nos agrida nem repreenda... Quem me dera que pudessemos ambos encontrar os nossos caminhos, sem nos unirmos...

Nada deve ser deixado, apenas temos o hábito de colocar as coisas onde se pensa que devem estar, nem sempre é a melhor escolha apesar de parecer a mais correcta, nada acaba quando não se esquece, o tempo ajuda e arrefece, mas as labaredas de um sentimento não se apaga com o simples vento, vento que apaga o fogo mais fraco mas também dá força a um arder mais forte. Mais uma vez o tempo decide pela fragilidade da escolha humana. *

Como isso é verdade Pedro...
:o)

Enviar um comentário