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A prisão de onde te escrevo...

A vida, por vezes, consegue encerrar-nos numa prisão de angústia e de medo... Sempre foi assim o meu amor por ti e temo que seja sempre deste modo que o viverei, enclausurando a felicidade que sinto com o pânico que o mundo se abata sobre o nosso leito...
Não existem mundos perfeitos, não existem sonhos, a não ser os que fabricamos à custa de muitas lágrimas e desgostos... Eu também gostaria de ser, meu amor, um mar de tranquilidade para te alcançar em momentos de cansaço, de doença ou de medo e não consigo, não consigo... As paredes desta jaula em que vivo abatem-se sobre os meus dias, e o tempo que temos é tão pouco e não consigo aprender a viver um dia de cada vez... O tempo é tão injusto... E a distância já devia fazer parte de mim, mas não aprendo nunca a esquecê-la... Estás longe e ausente demasiado tempo e no entanto, sempre tão perto, tão dentro que me pergunto imensas vezes se faremos já parte de um mesmo ser?
Palavras de quem ama, toldadas pela paixão e pelo encanto, já nada vejo a não ser a dor que me alcança e a saudade de te rever numa qualquer janela de oportunidade deste nosso mundo ausente... Palavras de quem se fere e luta todos os dias à espera de um dia que nunca virá... Palavras de quem se esgota, mas faz do seu corpo um estandarte do amor e da vontade!...
Palavras sofridas na prisão de onde te escrevo...